O celular é a principal ferramenta utilizada pelos golpistas para a prática de estelionato eletrônico..
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O número de casos de estelionato eletrônico teve um crescimento de 153,7% no estado da Paraíba, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024. No ano de 2022 foram registrados 406 casos, enquanto em 2023 os dados aumentam para 1.030 ocorrências.
A prática de fraude eletrônica consiste em enganar alguém por meio de redes sociais, contatos telefônicos, correio eletrônico falso ou qualquer outro meio fraudulento, a fornecer dados confidenciais, tais como, senhas de acesso, bancos ou número de cartão de crédito ou débito.
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Nesta matéria, o Jornal da Paraíba reúne informações sobre como reconhecer e denunciar essa prática criminosa.
Promoções com preços muito abaixo do mercado
De acordo com o delegado João Ricardo, da Delegacia de Crimes Cibernéticos (DECC), um dos casos comuns de golpe pela internet é criar lojas virtuais com promoções fora de realidade para que as vítimas efetuem o pagamento sem receber o produto depois.
Os perfis criados pelos golpistas utilizam ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para reproduzir a voz ou a imagem de artistas famosos promovendo os produtos que são apresentados aos consumidores nas redes sociais, em anúncios promocionais com preços muito abaixo de mercado.
Outra prática comum é a de anúncios que prometem “brindes gratuitos” em troca do preenchimento de pesquisas ou formulários virtuais. Após responder o formulário, o cliente é redirecionado para a aba de pagamento, na qual surgem notificações com alertas para que a vítima se apresse para efetuar o pagamento antes que as unidades do produto se esgotem, uma técnica para pressionar o ato da compra.
Também é indicado pesquisar o nome da empresa ou o perfil da loja na internet, para realizar uma busca por denúncias de golpe ou reclamações dos consumidores anteriores.
Como denunciar o estelionato eletrônico?
Conforme as recomendações do delegado de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil, João Ricardo, é preciso que as vítimas reúnam o máximo de informações possíveis durante uma compra virtual e registrem os dados do perfil do vendedor através de prints ou fotos do celular, guardando o comprovante de pix ou do modo de pagamento efetuado.
Após reunir todas as provas do golpe eletrônico, o ideal é que as vítimas realizem os boletins de ocorrência na delegacia logo em seguida.