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Sepultura 40 anos: passagem da turnê de despedida pela PB é ‘um obrigado aos fãs’

CBN Paraíba

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Edu Defferrari/Divulgação

Em turnê de despedida, a banda Seputura chega a João Pessoa para um show histórico no Imagineland 2024, no próximo sábado (27). Um dos principais nomes do heavy metal mundial, o grupo celebra 40 anos de uma história repleta de sucessos e bons momentos em vários lugares do mundo, inclusive, na Paraíba.

O que esperar do show do Sepultura no Imagineland 2024

Ao Jornal da Paraíba, Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, falou sobre a turnê e sobre a expectativa para o show em solo paraibano. 

Segundo Andreas, a turnê é “um grande obrigado a todos os fãs”, e foi pensada de maneira consciente por todos os integrantes, respeitando o momento de vida de cada um.

São 40 anos de história, de uma história muito única no mundo do metal, da música. Uma banda vinda do Brasil fazendo o estilo de música que a gente faz, eventualmente incorporando ritmos brasileiros, percussão brasileira na música mais pesada… O que deu uma identidade diferente para a música do Sepultura. E, até hoje, inspira muitas bandas.

Andreas Kisser

Sobre o repertório, Kisser afirmou que as canções foram escolhidas com cuidado, resultando em um “repertório completo”, com diversas músicas que há anos não eram tocadas nos shows.

Com isso, os fãs terão a oportunidade de ouvir vários clássicos que marcaram os 40 anos de história do grupo. E, além disso, também poderão viver um momento ainda mais especial: tocar com o Sepultura. 

Isso porquê, ainda de acordo com o guitarrista, na turnê de despedida, dois fãs são escolhidos no momento do show para subir no palco e tocar com o Sepultura.

Escolhe ali dois fãs pra subir no palco pra tocar com a gente (…) Nem precisa saber tocar direito, é só mexer as baquetas e participar da bagunça juntos. E, bom, é sensacional você dar uma oportunidade de um fã subir no palco com você, totalmente inesperado.

Andreas Kisser

Relação com a Paraíba

Entre as diversas histórias colecionadas ao longo dos anos, o Sepultura guarda na memória um show vivido em Campina Grande, Agreste da Paraíba, na década de 1980.

O show histórico marcou a trajetória da banda, e ainda segundo Andreas Kisser, serviu para provar aos integrantes que “o heavy metal realmente chega a lugares inimagináveis”. 

Eu não achava que tinha tanto fã do thrash metal. Foi realmente histórico! Acho que o primeiro impacto, vamos dizer assim pelo menos para mim né, pessoalmente, foi o de ver o quão a música pode chegar em lugares que você nem imagina”.

Na ocasião, ainda de acordo com o guitarrista, milhares de fãs paraibanos prestigiaram o Sepultura à caráter, cantando e curtindo o show juntos, do início ao fim. Um diferencial na trajetória da banda, que até então tinha as apresentações concentradas no sudeste brasileiro.

Naquela época pra gente, vindo da região sudeste, achando que aquilo só acontecia ali em São Paulo, Rio, ou até Belo Horizonte, chegar em Campina Grande e ver uma cena tão forte! Tinha muita gente ali, muita galera que sabia o que estava acontecendo e foi um impacto muito positivo pra gente, foi um fator de motivação, o que ajudou muito pra gente continuar a nossa trajetória.

Andreas Kisser

Banda Sepultura fará show da turnê de despedida no Imagineland 2024 | Foto: Divulgação.

Stephan Solon/Divulgação


Despedida dos palcos

Por fim, o Sepultura escolhe fechar o ciclo da banda com “o privilégio poder parar celebrando”, segundo Kisser. Encerramento este que muito tem relação com a definição do que seria a finitude para os integrantes do grupo.

A finitude é inevitável. A gente fecha muitos ciclos durante a nossa vida. Acho que quando a gente muda de escola, acaba relacionamentos, muda de país, enfim… São vários ciclos que se terminam e começam novas possibilidades, novos desafios. A gente se sente bem, se sente jovem para começar novos desafios depois do Sepultura.

Andreas Kisser

Recentemente, o próprio Kisser lidou com a morte da esposa, vitimada por um câncer. A experiência o ajudou a enxergar a vida, e o fim dela, por outra perspectiva que também se refletiu na decisão de encerrar a formação do grupo.

A partir do momento que a gente respeita a finitude, a gente vive um presente muito mais intensamente. Vive o agora, vai realizar desejos, não deixa coisas pra amanhã. Então acho que tudo a ver com o que está acontecendo com a Sepultura atualmente também.

Andreas Kisser

Para celebrar a finitude, eles esperam realizar em solo paraibano mais um show histórico. E, para isso, reiteram o convite aos fãs:

Muito feliz de ter essa oportunidade de voltar com e celebrar junto com vocês! E vamos fazer um show histórico juntos!

Andreas Kisser

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