Grupo do PL vai a Brasília / Foto: reprodução das redes sociais.
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O movimento feito ontem pela Executiva Nacional do PL, em retirar o apoio do partido ao prefeito Bruno Cunha Lima (UB) em Campina Grande, e embarcar em um projeto próprio, pode ser visto sob vários ângulos. Um deles é o cabo-de-guerra permanente dentro da legenda na Paraíba.
As divergências internas sempre existiram e são públicas desde a campanha eleitoral de 2022, quando uma parte do partido acusou a direção estadual de não colaborar como devia com a candidatura de Nilvan Ferreira a governador.
Depois disso, o partido passou por um novo racha no processo de escolha de Marcelo Queiroga como candidato à prefeitura de João Pessoa.
Mas a mudança de rota de agora em Campina parece ter bem mais reflexos internos que os demais imbróglios. Está clara a intenção de dinamitar o poderio do deputado Wellington Roberto, ainda presidente estadual do partido, aqui no Estado.
O aval da executiva nacional demonstra que o grupo dos deputados Cabo Gilberto e Wallber Virgolino tem se fortalecido e sepultado, aos poucos, o histórico ‘reinado’ dos Robertos na legenda.
A ‘derrocada’ deliberada ficou materializada com a destituição do filho de Wellington, Bruno Roberto, do controle do partido em Campina.
Detentor de um mandato e preso à legislação eleitoral, que impede mudanças de partido, Wellington e seus filhos (Bruno e Caio Roberto) dizem publicamente que irão seguir as diretrizes partidárias. Sabendo, contudo, que o avanço da ala rival deverá persistir até 2026… quando o PL irá novamente às urnas para cadeiras no Congresso Nacional. E quando Gilberto e o ex-ministro Marcelo Queiroga poderão, quem sabe, ser concorrentes diretos do projeto de Wellington para a Câmara.