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Laerte Cerqueira
O partido Republicanos e o governador João Azevêdo (PSB) fecharam um ‘pacote’ de apoios mútuos hoje em cinco cidades do Estado: Santa Rita, Guarabira, Mulungu, Bonito de Santa Fé e Campina Grande. Em alguns municípios o PSB deverá indicar o vice; em outros será o Republicanos que irá compor a chapa.
Mas as alianças firmadas em Santa Rita e Campina Grande têm, para a política estadual, um maior impacto.
Em Campina o Republicanos poderá indicar a vice do médico Jhony Bezerra, pré-candidato do PSB. Já em Santa Rita a vice de Nilvan está ‘apalavrada’ aos socialistas. Até sexta próxima o anúncio será feito.
Durante o evento de hoje, na sede do PSB, João e Nilvan ‘passaram a borracha’ nas críticas duras, feitas na campanha eleitoral de 2022. Nilvan, que chamou o governador de “João do imposto”, disse hoje estar mais “maduro” para a política.
Ele também prometeu fidelidade ao grupo para 2026, uma forma de tentar afastar possíveis desconfianças no grupo recém-aliado.
O apoio dos socialistas a Nilvan faz ele chegar forte para a disputa em Santa Rita. Depois de ser ‘preterido’ pelos bolsonaristas em João Pessoa, Ferreira decidiu esquecer as arestas ideológicas. E acerta ao fazer isso.
Mas precisará justificar, por muitas vezes ainda, a aliança com João Azevêdo. No discurso, a justificativa de ‘maturidade’ e da necessidade de um trabalho conjunto pela cidade onde disputará o pleito.
O eleitor de Santa Rita, contudo, terá de ser convencido de que, realmente, os benefícios da aliança são maiores que a incongruência das declarações do Nilvan de hoje e do Nilvan de outrora.
Para a política estadual, é preciso avaliar como o ‘pacote’ de alianças entre as duas legendas será digerido pelo PSD e o Progressistas, do grupo Ribeiro. Nilvan, que é mil amores com João em Santa Rita, ainda não fechou questão sobre apoiar Cícero na Capital.
Se fizer, provavelmente, esbarrará na retirada do apoio do PL à sua postulação em Santa Rita.