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31 de julho. Hoje, quarta-feira, é o Dia do Orgasmo. Mexo na memória, e algumas músicas me ocorrem.
Quando eu era adolescente, tinha um disco chamado Super Eróticas. Só maiores de idade podiam comprar, e a capa vinha envolta em um plástico escuro. Saíram vários volumes. No primeiro, a faixa principal era Je T’ taime (Moi Non Plus). Birkin e Gainsbourg, claro.
Ousadia maior, mas muito pouco conhecida, foi a do casal John Lennon e Yoko Ono. No Wedding Album, tem uma longa faixa com a gravação dos dois fazendo sexo. Ela grita: John! E ele responde: Yoko! E assim por diante.
Em Homem, Caetano Veloso fala do que inveja nas mulheres: “Só tenho inveja da longevidade/E dos orgasmos múltiplos”.
Em Elegia, Caetano canta sobre versos de John Donne vertidos por Augusto de Campos e musicados por Péricles Cavalcanti: “Deixe que minha mão errante adentre/Atrás, na frente/Em cima, embaixo, entre”.
Já em Medo de Amar No 2, o erotismo é com Simone, entre os gemidos da cantora: “E eu sinto o corpo mole/Eu quase que faleço/Quando você me bole e bole/E mexe e mexe/E me bate na cara/E me dobra os joelhos/E me vira a cabeça”.
Tem O Meu Amor, de Chico Buarque. Nas vozes de Marieta Severo e da estreante Elba Ramalho: “De me fazer rodeios/De me beijar os seios/Me beijar o ventre e me deixar em brasa/Desfruta do meu corpo como se o meu corpo/Fosse a sua casa”.
Roberto e Erasmo fizeram muitas canções eróticas ao longo dos anos 1970. Hoje, algumas parecem ingênuas. Como essa: “Cada parte de nós/Tem a forma ideal/Quando juntas estão/Coincidência total/Do côncavo e convexo/Assim é nosso amor, no sexo”.
De Rita Lee e Roberto de Carvalho, Mania de Você é outra que, com o tempo, ficou bobinha, mas permanece linda: “Nada melhor do que não fazer nada/Só pra deitar e rolar com você”.
Dele com Erasmo, Roberto Carlos cantou: “Vou cavalgar por toda a noite/Por uma Estrada colorida”. De Chico, Maria Bethânia cantou: “Eu de dia sou sua flor/Eu de noite sou seu cavalo”.
Bem, fecho com uma que é muito pouco conhecida. “Você estava mesmo fatal/E parecia louca/Como um animal/Dizendo aqueles palavrões, gemendo/Pedindo mais/Até chegarmos ao orgasmo total, orgasmo total”.
É Orgasmo Total, de Arrigo Barnabé. Feliz Dia do Orgasmo!