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John Lennon pediu cantando que o mundo desse uma chance à paz

CBN Paraíba

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Foto/Reprodução.

Nove de outubro é um dia que traz a lembrança de John Lennon. Se estivesse vivo, o músico completaria 84 anos nesta quarta-feira, nove de outubro de 2024. Ele foi assassinado em oito de dezembro de 1980. Tinha somente 40 anos. 

Se pensarmos no tamanho das suas personas públicas, John Lennon foi em seu tempo o mais importante dos quatro beatles. Paul McCartney, seu parceiro de composição, era musicalmente o de maior talento. 

Roqueiro visceral, John Lennon gostava de outras coisas além da música. Politizado, defendeu causas nobres explicitamente e se transformou num ativista pela paz mundial. Ao seu lado, teve o auxílio luxuoso de Yoko Ono, notável artista de vanguarda.  

Agora em 2024, um dos álbuns de John Lennon foi relançado numa edição comemorativa pelos seus 50 anos. É Mind Games. Sempre subestimado, mas com ótimas canções, Mind Games atravessou inteiro o tempo que nos separa do seu lançamento.

Foto/Reprodução.

Em 1969, perto do fim dos Beatles, John Lennon e Yoko Ono, rodeados de amigos na cama de um quarto de hotel, gravaram ao vivo Give Peace a Chance. Dê uma chance à paz – o grito pacifista do casal Lennon permanece atual, 55 anos depois. 

Dê uma chance à paz. Poder para o povo. O herói da classe operária está para nascer. O sonho acabou. A guerra acabou, se você quiser. Mãe, eu não quero ser um soldado. Dê-me alguma verdade. A mulher é o negro do mundo. Tudo está nas canções de Lennon. 

John Lennon/Plastic Ono Band, de 1970, é o melhor de todos os álbuns gravados pelos ex-beatles. É nesse disco que está a canção God, em cuja letra John diz que não acredita nos Beatles e pronuncia o “dream is over”, frase crucial para a sua geração. 

John Lennon/Plastic Ono Band é um disco nu e cru. Imagine, o álbum de 1971, é mais aveludado. A música Imagine se transformou num hino pacifista e utópico em escala planetária. Cresceu mais ainda depois da morte de Lennon.   

Feito em parceria com Yoko Ono, Sometime in New York City, de 1972, é o mais politizado de todos os álbuns do rock. Fala das mulheres, dos negros, dos presos políticos, dos ativistas da esquerda americana, dos conflitos na Irlanda. 

John Lennon teve uma carreira curta depois que os Beatles se separaram. Sozinho, entre 1970 e 1974, gravou apenas quatro discos autorais (John Lennon/Plastic Ono Band, Imagine, Mind Games e Walls and Bridges).

Se Sometime in New York City é dividido com Yoko, em Rock’n’ Roll, de 1975, ele se debruça sobre um repertório não autoral de rocks e baladas que ouviu na juventude. 

Após um recesso de cinco anos, John Lennon voltou em 1980 com um álbum de amor partilhado, o Double Fantasy. Não viveu para ver a repercussão do disco.    

Ringo Starr, o mais velho dos Beatles, fez 84 anos em julho e vive em turnê. Paul McCartney, aos 82, também está na estrada. Em turnê pela América do Sul, nos próximos dias se apresentará pela enésima vez para o público brasileiro. 

George Harrison, o beatle quieto, morreu de câncer em 2001 aos 58 anos. E John Lennon foi assassinado em Nova York em dezembro de 1980. Faz tempo, mas suas canções, com ou sem os Beatles, permanecem entre nós. 

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