Bolsonaro em entrevista coletiva à imprensa, em João Pessoa.
Felipe Nunes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quinta-feira (17), que tem ‘uma dívida de gratidão’ com o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, mas que só vai decidir sobre a sucessão da Mesa Diretora após se reunir com a bancada do partido e alguns aliados.
Bolsonaro participou, em João Pessoa, de uma série de atividades em prol da campanha do ex-ministro da saúde, Marcelo Queiroga (PL), que disputa o segundo turno das eleições municipais contra o atual prefeito Cícero Lucena (PP).
Em entrevista coletiva, o ex-presidente disse que tem um nome ‘preferido’ para suceder Arthur Lira, mas que só vai anunciar esse nome após reunir a bancada e conversar com alguns parlamentares, como o líder do partido, Altineu Cortês, o deputado Cabo Gilberto e o senador Rogério Marinho.
O ex-presidente revelou, também, já ter conversado com os três postulantes ao posto de presidente da Câmara, incluindo o paraibano Hugo Motta (Republicanos).
“Vamos discutir novamente isso aí, convidar a bancada, fechar as portas e decidir quem porventura devemos apoiar. Eu tenho uma simpatia muito grande pelo Arthur Lira. Quando precisei dele para zerar os impotos dos combustíveis, ele me atendeu. (…) Ou seja, tenho uma dívidia de gratidão com o Lira”, disse.
Outros pontos da entrevista
Ex-presidente após encerramento de coletiva em João pessoa.
Felipe Nunes
O ex-presidente Jair Bolsonaro evitou tecer comentários sobre o cenário eleitoral em João Pessoa, apesar do apoio ao ex-ministro da saúde, Marcelo Queiroga, a quem teceu elogios.
Em relação ao desempenho do Partido Liberal nas eleições, Bolsonaro confirmou as negociações para possíveis mudanças no comando da legenda e criticou a decisão do STF que o impede de conversar com o atual presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto.
Questionado sobre as eleições presidenciais de 2026, ele se colocou como o principal nome da direita na disputa e criticou a inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro declarou que, se não reverter a decisão, abandona a vida pública.