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PF faz operação para combater aliciamento violento de eleitores em JP; Dinho é um dos alvos

CBN Paraíba

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João Paulo Medeiros

Agentes da Polícia Federal foram às ruas mais uma vez nesse período eleitoral.  A PF deflagrou uma operação contra aliciamento violento de eleitores e contra o crime organizado, na manhã desta sexta-feira (18). 

Por volta das 7 horas da manhã, a assessoria de imprensa do órgão emitiu nota com detalhes sobre a ação.

A Operação Livre Arbítrio cumpriu 07 mandados de busca e apreensão, bem como medidas cautelares diversas da prisão, objetivando investigar a influência de facção criminosa no pleito municipal de João Pessoa, PB.

Um dos alvos é o vereador Dinho, presidente da Câmara de Vereadores de João Pessoa. O parlamentar emitiu nota e negou qualquer crime no processo eleitoral (veja nota na íntegra abaixo).

Foto: CMJP.

Segundo a PF, através de ameaças, controle de território e coação para o voto, os investigados teriam exercido influência no pleito eleitoral. Os crimes investigados são: constituição de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto, ameaça, lavagem de dinheiro e peculato, dentre outros.

“As diligências hoje realizadas visam obtenção de provas de materialidade e autoria que reforcem os elementos já colhidos durante a investigação policial, objetivando a responsabilização dos envolvidos pelos crimes eleitorais praticados”, afirmou a PF. 

Medidas cautelares 

As medidas cautelares diversas da prisão impostas ao vereador Dinho, segundo a PF são:

– Proibição de frequentar o bairro São José e Alto do Mateus

– Proibição de frequentar órgãos públicos ligados ao município de João Pessoa, em especial a prefeitura municipal de João Pessoa

– Proibição de manter contato com os demais investigados

– Proibição de ausentar-se da comarca de João Pessoa por mais de 8 dias sem comunicar ao Juízo

– Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga das 20h as 06h

– Suspensão do exercício da função pública

Outros alvos 

Também foram alvos da Operação Pollyanna Monteiro, suspeita de pressionar moradores do bairro São José para determinar em quem eles devem votar. Pollyanna foi presa na segunda fase da Operação Território Livre, em 19 de setembro e levada para o presídio Júlia Maranhão. A prisão foi revogada em prisão domiciliar em 20 de setembro.

E ainda, Taciana Batista do Nascimento, usada por Pollyana, segundo a PF, para exercer influência na comunidade. É ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida – foi presa na segunda fase da Operação Território Livre, em 19 de setembro e levada para o presídio Júlia Maranhão. Foi solta em 30 de setembro, mas com uso de tornozeleira eletrônica.

A PF também fez buscas na casa de Josevaldo Gomes, conselheiro tutelar que foi alvo de busca na primeira fase da Território Livre. 

Veja: Território Livre: Raíssa Lacerda retorna à CMJP e acusa Dinho de envolvimento com facções; VEJA

Resumo

Foram 3 mandados de buscas nas casas do vereador Dinho, um na casa de Taciana, um na casa de Pollyanna e um Josevaldo Gomes.

De acordo com a PF, todos que sofreram buscas vão deverão usar tornozeleira eletrônica.

A investigação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO/PB.

CONFIRA A NOTA DO VEREADOR DINHO NA ÍNTEGRA

Tenho sido alvo, nos últimos dias, de ilações maliciosas envolvendo meu nome com motivos meramente eleitoreiros. Tenho 20 anos de vida pública, com cinco mandatos dedicados à população de João Pessoa, sem nenhum processo, denúncia ou indiciamento. Sempre fui bem votado nos bairros da capital e tive meu trabalho referendado pela força da aprovação popular.

No que se refere à atuação da Polícia Federal, relacionada à operação Território Livre, deixo claro que apoio à investigação e esclareço que me coloquei desde o início à disposição para explicações sobre eventuais citações levianas ao meu nome. Confio na Justiça dos homens e de Deus e estou certo de que ficará patente a minha inocência, já que não há qualquer envolvimento meu nos fatos investigados.

Território Livre 

Desde setembro, a PF realizada ações de combate ao aliciamento de eleitores. Foram três fases na Operação Território Livre, por exemplo. 

No último dia 10, doze pessoas foram indiciadas, entre elas a primeira-dama Lauremília Lucena; a ex-secretária executiva da Saúde, Janine Lucena, filha do prefeito Cícero; a vereadora Raíssa Lacerda.  

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