Marcelo Queiroga e Cícero Lucena votaram na manhã deste domingo (27).
Montagem/Jornal da Paraíba
A Quaest divulgou neste sábado (26) a segunda pesquisa feita para aferir a fotografia da corrida eleitoral em João Pessoa nesse segundo turno. Para além dos números ‘frios’ trazidos pela sondagem, o resultado aponta para algumas observações a serem feitas dessa segunda etapa do pleito – notadamente quando se observa a evolução dos dados da primeira e da segunda pesquisa divulgadas.
O primeiro ponto é óbvio: o de que o candidato à reeleição, Cícero Lucena (PP), liderou todo o segundo turno com folga. E chega ao dia da votação em uma situação confortável.
Neste último levantamento ele aparece com 57% das intenções de voto estimulada, mantendo dentro da margem de erro praticamente o mesmo índice da primeira pesquisa – feita dia 17 deste mês.
O seu adversário, o médico Marcelo Queiroga (PL), conseguiu avançar entre a primeira e a segunda sondagens. Tinha 31% e alcançou agora 35%.
Mas há um detalhe a ser considerado. O candidato do PL conseguiu ampliar sua margem apenas dentro do universo de eleitores que estavam indecisos, ou que estavam dispostos a votar branco ou nulo no primeiro levantamento. O que demonstra uma cristalização das intenções de voto de Lucena, algo já indicado desde o 1º turno.
Indecisos eram 2% e caíram para 1%, enquanto o total de brancos e nulos era de 9% e foi reduzido para 7%.
E uma outra constatação. Sem acenos para a centro-esquerda, o candidato do PL praticamente estacionou diante de seu principal obstáculo desde o início do segundo turno: conquistar a simpatia do eleitorado que votou e deu a vitória em João Pessoa ao presidente Lula (PT) em 2022.
Enquanto Cícero oscilou de 86% para 83% nesse perfil do eleitorado, Queiroga foi de 7% para 11%. Um índice muito baixo para quem deseja virar ‘o jogo’ e o resultado das urnas no 1º turno.
No Bolsonarismo, ele alcançou um percentual bem mais significativo, chegando a 65% contra 32% de Cícero. Mais uma vez, contudo, dentro do universo de indecisos. Cícero manteve o mesmo índice entre os eleitores de Bolsonaro nas duas pesquisas.
Os dados da pesquisa, claro, não representam uma previsão de votos. Movimentos de última hora, o engajamento do eleitor no dia do pleito, podem não ser captados e trazer no fim da apuração um resultado diferente do indicado nas sondagens.
Se isso ocorrer, Queiroga terá subvertido a lógica dos números. Algo parecido com o que fez no 1º turno, quando não era favorito para chegar na segunda etapa.
Mas, por hora, o que as duas pesquisas indicam é isso. A cristalização das intenções de voto obtidas por Cícero já de algum tempo.
Dados da pesquisa
A Quaest, contratada pela TV Cabo Branco, realizou 1.000 entrevistas com eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 25 e 26 de outubro.
A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número PB-06491/2024.