Foto: Arquivo Jornal da Paraíba.
Foto: Arquivo Jornal da Paraíba
O paraibano Tércio Arnaud Tomaz foi um dos 37 indiciados no inquérito que apura uma suposta tentativa de Golpe de Estado, após as eleições de 2022. Ontem o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do procedimento onde a Polícia Federal detalha a participação dele e dos demais investigados.
Tércio foi apontado como integrante de um ‘gabinete do ódio’, que ficaria responsável por disseminar informações falsas sobre as urnas eletrônicas e a Justiça Eleitoral.
A tática serviria para criar um clima de questionamentos sobre o resultado do pleito e provocar o descrédito nas instituições brasileiras.
O relatório da Polícia Federal diz que “os elementos probatórios reunidos pela investigação identificaram que TÉRCIO foi o responsável por repassar o conteúdo editado da live realizada pelo argentino FERNANDO CERIMEDO em 04 de novembro de 2022, no qual o mesmo propagou ataques às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral brasileiro”.
O conteúdo fundamentou o pedido do PL de rejeição ao resultado da votação nestas urnas, para beneficiar Jair Bolsonaro.
“No mesmo sentido, identificou-se que o mesmo conteúdo falso publicado pelo argentino FERNANDO CERIMEDO e propagado por MAURO CID, MARQUES DE ALMEIDA e TÉRCIO ARNAUD TOMAZ foi utilizado por CARLOS ROCHA para tentar subsidiar a ação do Partido Liberal. Coube ao investigado auxiliar na edição do conteúdo falso publicado pelo argentino FERNANDO CERIMEDO, propagado logo em seguida por MAURO CID e MARQUES DE ALMEIDA”, diz o documento.
Na mesma investigação também foram indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e militares que buscavam, conforme a PF, a ruptura democrática.
As conclusões das investigações foram entregues na quinta-feira (21) ao STF (Supremo Tribunal Federal). O relatório foi enviado para análise da PGR (Procuradoria-Geral da República). O órgão é o responsável por avaliar as provas e decidir se denuncia ou não os investigados.
Entre os crimes apontados pela PF estão tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, cujas penas somam de 12 a 28 anos de prisão, desconsiderando os agravantes.