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Prisão do casal Braiscompany completa um ano e vítimas esperam extradição

CBN Paraíba

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Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, sócios da Braiscompany.

Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, sócios da Braiscompany

A prisão do casal Braiscompany, como são chamados Antonio Neto e Fabrícia Farias, completa um ano nesta sexta-feira (28). O casal está na Argentina, cumprindo prisão domiciliar, e as vítimas esperam pela extradição. 

Uma das vítimas, um homem que não quis se identificar, perdeu R$ 600 mil. “O maior prejuízo para mim foi o prejuízo psicológico”, disse ele à TV Paraíba. 

A vítima relatou à TV Paraíba que era leiga em investimentos em criptoativos, mas que foi motivado pela crise no comércio durante a pandemia do coronavírus.

“Isso aí para mim uma pessoa leiga que eu não conhecia o mercado, eu nunca tinha participado de nada disso, nem nada parecido, nem aplicação porque eu acredito muito no comércio, mas como era aquela crise da pandemia e tinha desacelerado tudo, tinha parado tudo”.

motivado pela crise no comércio durante a pandemia do coronavírus.

“Isso aí para mim uma pessoa leiga que eu não conhecia o mercado, eu nunca tinha participado de nada disso, nem nada parecido, nem aplicação porque eu acredito muito no comércio, mas como era aquela crise da pandemia e tinha desacelerado tudo, tinha parado tudo”.

Relembre o caso Braiscompany 

Os donos da Braiscompany estavam foragidos na Argentina desde que escaparam do Brasil ainda em 2023. De acordo com o delegado Guilherme Torres, Antônio e Fabrícia fugiram pela fronteira terrestre, diretamente para a Argentina. Para isso, usaram uma identidade falsa, a partir de documentos de parentes, que consentiram o uso da documentação pelo casal.

Eles foram presos a partir de uma colaboração entre a Polícia Federal e representantes da Interpol na Argentina. A prisão foi gravada. O vídeo do momento exato em que os condenados são presos foi divulgado pela ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, nas redes sociais.

Na postagem, a ministra escreveu que a “Argentina não é mais refúgio de delinquentes”, se referindo ao casal que estava foragido há 1 ano no país que faz fronteira ao Brasil.

A Braiscompany foi alvo de uma operação da Polícia Federal no dia 16 de fevereiro de 2023, que teve como objetivo combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. As ações da PF aconteceram na sede da empresa do ‘casal Braiscompany’ e em um condomínio fechado, em Campina Grande, e em João Pessoa e em São Paulo. A operação foi nomeada de Halving.

A empresa, idealizada pelo casal Antônio Ais e Fabrícia Ais, era especializada em gestão de ativos digitais e soluções em tecnologia blockchain. Os investidores convertiam seu dinheiro em ativos digitais, que eram “alugados” para a companhia e ficavam sob a gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela locação dessas criptomoedas.

Além do ‘casal Braiscompany’, o caso teve outros 9 réus e um montante a ser reparado de R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em dano coletivo.

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