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De lan house à copiadora: como a tecnologia mudou a rotina dos profissionais de serviços digitais

CBN Paraíba

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Reprodução/TV Paraíba

No início dos anos 2 mil, as lan houses eram um negócio promissor no Brasil. E foi nesse ramo que Filipe Fernandes começou no primeiro trabalho, uma empresa de família. Anos depois, com a internet e os equipamentos eletrônicos se tornando artigos comuns nas casas brasileiras, a forma de trabalhar mudou. Ele precisou se adaptar e, para isso, se tornou dono de uma copiadora.

A história de Filipe com os serviços digitais começou em 2006, quando o pai dele foi demitido de uma empresa, onde trabalhou por mais de 30 anos. A ideia de empreender surgiu como uma solução para que a família pudesse contar com uma fonte de renda independente.

“Naquele momento, estávamos concluindo o ensino médio (ele e o irmão) e ingressando na universidade. E após o resultado da aprovação, decidimos por empreender em algo que vivia seus anos de glória, que era o segmento de lan house, uma sala de jogos e acesso à internet, algo que não era de tão fácil acesso como hoje”, recordou.

Reprodução/TV Paraíba

Filipe permaneceu na universidade e se formou em administração enquanto conciliava os estudos com o trabalho na lan house.

No horário do trabalho, período mais tranquilo do que o atual, ele recebia os usuários e organizava os horários em que eles usavam os computadores. Além disso, vendia doces e lanches para os que ficavam no local por mais tempo.

A transição para o novo modelo de trabalho foi concluída em 2018, quando os hábitos dos clientes também mudaram de vez. O alto custo da manutenção dos equipamentos e a pouca demanda pelo serviço foram fatores importantes para que isso acontecesse.

“A transição foi acontecendo de forma natural, ao passo em que a população foi tendo acesso à internet e celular. Assim sendo a busca pelas salas de acesso foram ficando cada vez menores”, lembrou.

Nesse momento, poucas máquinas foram mantidas apenas para atender a pouca clientela que ainda tinha necessidade.

Pandemia de Covid-19 também exigiu transformações: ‘momento mais desafiador’

Reprodução/TV Paraíba

Junto com a pandemia de Covid-19, surgiu o isolamento social obrigatório para evitar a disseminação da doença. Por isso, o uso dos computadores foi totalmente suspenso.

“O momento mais desafiador durante toda nossa trajetória foi durante a pandemia da Covid-19, quando mais do que tudo, tivemos que nos reinventar não só no nosso segmento, mas também na maneira de atuar, como conseguir chegar ao nosso cliente de forma mais prática, rápida, acessível e segura”.

Para que o relacionamento com os clientes fosse mantido, Filipe apostou na tecnologia. Dessa vez, para construir uma comunicação mais eficaz e efetiva com os consumidores do trabalho dele.

“Os serviços presenciais foram dando lugar aos serviços digitais e que a maior parte da população, apesar de ter o acesso ao celular e à internet, necessitava de auxilio”, explicou.

Agora, o movimento aumentou e não para. Chega gente o tempo na copiadora precisando de um serviço ou de outro. Em uma hora, por exemplo, pelo menos 50 clientes são atendidos.

Entre os serviços mais procurados estão a impressão de currículos e de documentos e boletos, como Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Mas isso só foi possível por meio da combinação entre estudo e dedicação, além de encarar os desafios que surgiram pelo caminho.

“Estudamos cada segmento e nos aperfeiçoamos neles. Hoje, ao invés de seguir a tendência que infelizmente acompanhou alguns parceiros de trabalho nosso, que acabaram fechando as portas, nós evoluímos, nos solidificamos e hoje atendemos não só a população mais próxima ao nosso negócio, hoje recebemos em nossos canais de atendimento, presencial e online pessoas de toda a cidade e até mesmo de fora”.

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