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Acusado de golpe milionário com cultivo de hortaliças é preso; sócia de empresa segue foragida

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Sítio da Hort Agreste, localizado em Lagoa Seca, e onde eram produzidos vários tipos de hortaliças pela empresa – Foto: Hort Agreste.

Sítio da Hort Agreste, localizado em Lagoa Seca, e onde eram produzidos vários tipos de hortaliças pela empresa – Foto: Hort Agreste

Um homem acusado de fazer parte de golpe que atraía investidores do cultivo de hidropônicos ao prometer lucros acima da realidade do mercado financeiro foi preso nesta quarta-feira (4), em João Pessoa. O acusado, Nuriey Castro, é apontado pelas vítimas do golpe como sendo um funcionário responsável pela captação e distribuição de valores da empresa Hort Agreste, localizada em Lagoa Seca, na região Agreste da Paraíba.

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Além de Nuriey Castro, a acusada Priscila dos Santos Silva, que também é acusada de participação no golpe, foi alvo de mandado de prisão, emitido nesta terça-feira (3), mas permanece foragida, conforme dito pela delegada Viviane Magalhães. A 7ª Vara Criminal decretou a prisão preventiva e o bloqueio de contas e bens dos dois através da decisão do juiz Geraldo Emílio Porto, que foi assinada nesta segunda-feira (2).

O advogado de Nuriey Francelino de Castro, Abraão Beltrão, afirmou ter feito uma petição ao juiz Geraldo Emílio Porto, requerendo a revogação da prisão do acusado, que se apresentou à Polícia nesta quarta-feira (3) para o cumprimento do mandato. Ainda segundo o advogado Abraão Beltrão, a previsão é de que a audiência de custódia do acusado seja realizada ainda hoje ou nesta quinta-feira (5).

Já o advogado da acusada Priscila dos Santos, Diego Elí, explicou que existe um pedido a ser apreciado pelo magistrado a respeito da revogação do mandato de prisão de Priscila. O advogado afirmou que a defesa permanecerá aguardando que o magistrado dê um deferimento positivo ou negativo em relação ao pedido antes de tomar alguma posição quanto à apresentação da acusada à polícia.

Priscila dos Santos é esposa e sócia de Jucélio Pereira, que foi preso no dia 7 de fevereiro deste ano por suspeita de estelionato qualificado e formação de quadrilha dentro do esquema de investimentos em cultivo de hortaliças hidropônicas em que ele não efetuava os retornos prometidos. De acordo com as investigações, a fraude cometida por Jucélio Pereira pode ter causado um prejuízo de mais de R$ 120 milhões nos últimos dois anos.

O golpe 

O empresário Jucélio Pereira de Lacerda foi preso no dia 7 de fevereiro, na zona rural de Lagoa Seca, região de Campina Grande, por suspeita de estelionato qualificado e formação de quadrilha, em um esquema de investimentos em cultivo de hortaliças hidropônicas em que ele não efetuava os retornos prometidos.

Jucélio Pereira é investigado por liderar o "Golpe do Tomate", em Lagoa Seca, na Paraíba – Foto: Hort Agreste.

Jucélio Pereira é investigado por liderar o “Golpe do Tomate”, em Lagoa Seca, na Paraíba – Foto: Hort Agreste

Ele foi preso por força de um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. Segundo as investigações, o suspeito possui uma fazenda de cultivo de hortaliças hidropônicas, que são vegetais plantados na ausência de solo, apenas com água e nutrientes necessários.

Ele oferecia investimentos nesse cultivo, com a justificativa de que a manutenção do plantio é cara, e prometia em troca lucros acima da realidade do mercado financeiro. Quando chegava a época do investidor começar a receber seus retornos financeiros, os pagamentos não eram efetuados.

O Jornal da Paraíba teve acesso a um boletim de ocorrência feito por uma das vítimas do golpe contra o empresário. Segundo a denúncia, foram prometidos rendimentos mensais de 7% para Tomate Tipo 1 durante 12 meses e 10% para Tomate Tipo 2 durante 24 meses.

Após os prazos informados, o investidor teria acesso ao percentual de 30% a título de participação nos lucros.

O denunciante alega que investiu e realizou o pagamento de mais de R$ 180 mil em outubro de 2023, mas desde o dia 15 de novembro não vem recebendo seus pagamentos.

Conforme relato das vítimas, Jucélio prometia também uma “invenção mágica” para os investidores, que garantiria a produção das hortaliças em um tempo recorde, nunca visto antes.

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