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Audiência escuta testemunhas de defesa no caso Padre Zé mas interrogatório de réus é adiado

CBN Paraíba

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Padre Egídio de Carvalho Neto é acusado de desvio milionário de recursos do Hospital Padre Zé.

Foi retomada mais uma vez nesta quarta-feira (31) a audiência de instrução de um dos processos que apuram um esquema de desvios de recursos no Hospital Padre Zé, em João Pessoa. A princípio, a audiência seria retomada nesta quinta-feira (1), porém foi adiada para os dias 26, 27 e 28 de agosto, quando será interrogados o padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor geral do hospital, a ex-diretora administrativa Jannyne Dantas Miranda e Silva e a ex-tesoureira Amanda Duarte da Silva Dantas.

Nesta quarta, foram ouvidos dois ex-funcionários do hospital como testemunhas arroladas pela defesa de padre Egídio, entre eles Samuel Segundo, que chegou a ser preso, inclusive, no início das investigações. Samuel foi acusado de ser responsável pelo esquema que vendia celulares doados pela Receita Federal em bazar solidário para comprar uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.

O g1 tentou entrar em contato com o advogado do padre, porém até a última atualização desta notícia não obteve retorno.

Os três são investigados por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio milionário de recursos e fraudes na gestão da unidade hospitalar, que recebe recursos públicos e é pensado para ser filantrópico.

Operação Indignus

A operação ‘Indignus’ foi deflagrada na manhã do dia 5 de outubro de 2023, mas as irregularidades no Hospital Padre Zé começaram a ser investigadas quando mais de 100 aparelhos celulares foram furtados da instituição. Esse caso foi tornado público em 20 de setembro. A denúncia, no entanto, foi feita em agosto e imediatamente um inquérito policial foi aberto. Um suspeito, inclusive, chegou a ser preso, mas responde em liberdade e cumpre medidas cautelares.

Padre Egídio deixou a direção do hospital logo após a denúncia sobre o furto de celulares. Os celulares foram doados pela Receita Federal, oriundos de apreensões, e seriam vendidos em um bazar solidário para comprar uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.

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