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“Voz pra cantar, corda de aço, corda de aço desfiada, minha vida só é vida porque sei que ela vai ser sempre apaixonada”.
É Corda de Aço. Está em Raimundo Fagner, de 1976, primeiro disco de Fagner na CBS. Terceiro álbum de sua carreira.
“O orvalho da noite brinca na luz do luar, quem acredita em sereia, sabe os segredos do mar”.
É Cebola Cortada. Está em Orós, de 1977, quarto álbum de Fagner. Tem arranjos de Hermeto Pascoal.
“Eu sei que existe por aí uma andorinha solta, procurando um verão que se perdeu no tempo. Cansou de ser herói do espaço, e quer a companhia de outros pássaros”.
É Ave Coração. Está em Beleza, de 1979, sexto álbum de Fagner. Tem arranjos de João Donato.
“Quando a gente tenta de toda maneira dele se guardar, sentimento ilhado, morto, amordaçado, volta a incomodar”.
Muito mais conhecida do que Corda de Aço, Cebola Cortada ou Ave Coração. É Revelação.
Está em Quem Viver Chorará, de 1979, quinto álbum de Fagner e um dos seus grandes sucessos.
Essas músicas têm a assinatura de Clodo. Seu nome aparece em parcerias com os irmãos Clésio e Climério. Às vezes, com Petrúcio Maia.
Clodo é Clodoaldo Ferreira. Ele nasceu no Piauí em 1951, mas, desde cedo, morava em Brasília. Era professor da UNB.
Clodo é coautor de músicas que estão na memória afetiva de quem ouviu MPB nos anos 1970.
Nesta terça-feira, 16 de julho de 2024, Clodo morreu de câncer num hospital em Brasília. Estava com 72 anos.
Pouca gente lembra de Clodo. Mas muita gente lembra das músicas de Clodo.