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Igualdade, fraternidade, liberdade! Isso aí, aprendi logo cedo como algo que remetia à França. Como contribuição extraordinária da França ao mundo.
Acho que ouvi a Marselhesa antes de, na escola, saber da Revolução Francesa. Para mim, é o mais belo de todos os hinos nacionais.
Vi pela primeira vez há 50 anos, mas, ainda hoje, encho os olhos de lágrimas na cena de Casablanca em que a Marselhesa se sobrepõe ao canto dos nazistas. Com o “viva a França, viva a democracia!” do final da sequência.
Honoré de Balzac, Victor Hugo, Jules Verne, Charles Baudelaire, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, Albert Camus, Pierre-Auguste Renoir, Claude Monet, Henri Matisse.
Os irmãos Auguste e Louis Lumière, André Bazin, Jean Renoir, Jacques Tati, Jean-Luc Godard, FrançoisTruffaut, Hector Berlioz, Georges Bizet, Claude Debussy, Maurice Ravel.
Brigitte Bardot, Jeanne Moreau, Catherine Deneuve, Alain Delon, Jean-Paul Belmondo, Édit Piaf, Charles Aznavour, Françoise Hardy.
A Revolução Francesa. A Resistência na II Guerra. A Nouvelle Vague que revolucionou o cinema do mundo. O maio de 68. A França e seus legados.
Penso neles. Com Marine Le Pen, a França caminha perigosamente para a extrema direita. Como os Estados Unidos de Donald Trump, como o Brasil de Jair Bolsonaro, como tantos lugares do mundo.
A se confirmar a vitória da extrema direita no segundo turno das eleições parlamentares, no próximo domingo (07), quem sairá derrotada é a França da República e da Democracia. Perderá a Europa. Perderá o mundo.