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Avenida em Campina Grande é liberada sem sinalização; especialista alerta sobre perigos

CBN Paraíba

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Avenida Félix Araújo foi liberada sem sinalização em Campina – Foto: Prefeitura de Campina Grande.

A avenida Félix Araújo, em Campina Grande, foi liberada sem sinalização. A via liga os bairros do Alto Branco, Jardim Tavares, Santo Antônio, José Pinheiro e Monte Castelo com a avenida Manoel Tavares e a BR-104.

A obra começou em 2023 e passou por diversas etapas, mas ainda precisa de ajustes.

Em nota, a prefeitura afirmou que a avenida precisa de ajustes nas bocas de lobo, construção de calçadas, instalação de meio-fio, além da própria sinalização viária. O investimento na obra é de aproximadamente R$ 20 milhões.

Ainda em nota, a prefeitura disse que essas mudanças estão em andamento. Ao todo, a obra tem um total de 1,9 mil metros lineares. A expectativa é de que proporcione maior fluidez no trânsito, para desafogar o tráfego em áreas centrais e melhorar o acesso aos bairros vizinhos.

A Secretaria de Obras de Campina Grande (Secob) também informou ao Jornal da Paraíba que a liberação da Avenida Félix Araújo, na zona leste da cidade, foi antecipada. Conforme a pasta, a antecipação aconteceu por conta da relevância da via para a mobilidade urbana e para as demandas da população.

Já sobre a iluminação pública ao longo da extensão da avenida, alguns postes já estão instalados. Os restantes estão em produção, e a Secob confirmou que até a primeira quinzena de junho, essa parte da obra estará concluída.

Sobre a sinalização horizontal e vertical da via, a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos da cidade (STTP) disse que “será iniciada nos próximos dias”, quando a incidência de chuvas diminuir.

Os perigos para motoristas e pedestres

Avenida foi liberada sem sinalização e outros ajustes em Campina Grande – Foto: Prefeitura de Campina Grande.

O Jornal da Paraíba conversou com o especialista em mobilidade urbana, Nilton Pereira, que explicou que liberar uma via sem sinalização pode trazer riscos para os próprios motoristas e também para pedestres.

“São milhares de usuários (carros, motos, bicicletas e pedestres) querendo utilizar o mesmo espaço ao mesmo tempo e é necessária uma regra para disciplinar essa utilização. Essas regras são transmitidas pela sinalização e sem ela os conflitos são inevitáveis, o que resulta nos acidentes de trânsito”, comentou.

Além disso, o especialista disse também que a ausência de calçadas e meios-fios pode comprometer a segurança. A falta desses recursos, segundo ele, podem fazer com que pedestres usem as bordas da pista e fiquem expostos a riscos.

“Se não há calçada, os pedestres tendem a utilizar os bordos da pista. Ou seja, disputam o mesmo espaço com os veículos motorizados, o que os deixa numa situação muito vulnerável, pois em um acidente envolvendo veículo e pedestre não tem como não ter uma vítima em estado grave. Isso vale também para os ciclistas”, disse.

O especialista em mobilidade destacou que, em caso de acidentes em situações assim, o poder público pode ser responsabilizado. Isso caso realmente fique comprovada que a responsabilidade do problema tenha sido de origem a falta de sinalização.

“Se ocorre um acidente em uma via que não possui sinalização e foi a falta dela que causou esse acidente, pela lei o responsável foi o poder público que liberou a via sem estar devidamente pronta”, explicou.

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