Foto: Redes Sociais.
Com apoio da maioria dos deputados estaduais, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), emplacou a indicação da filha para vaga de conselheira do Tribunal de Contas do Estado.
Apesar de ser uma vaga da AL, o presidente criou a condição para apostar em um projeto familiar. Os pares aceitaram.
Como é candidata única, só não será a nova integrante da Corte de Contas, se não cumprir os requisitos legais.
E, com a força que tem, Galdino consegue até criar os requisitos necessários (se eles não existirem).
O blog apurou que Galdino chegou a consultar o TCE sobre a indicação da filha e não houve objeção. Segundo ele, a filha tem 12 anos de atuação nas áreas exigidas pela legislação.
Apenas os deputados Walber Virgolino (PL) e Hervázio Bezerra (PSB) não subescreveram o documento com a indicação oficial do presidente. No total, o documento teve 30 assinaturas.
A confirmação do nome de Allana Galdino, que é médica e advogada, saiu no fim da noite desta sexta-feira (14), quando acaba o prazo das inscrições.
O deputado Tarciano Diniz, que colocou o nome à disposição, não conseguiu as 12 assinaturas necessárias para seguir na batalha.
A contadora Clair Leitão anunciou, na noite desta sexta-feira (14), que desistiu da disputa. Também não conseguiu assinaturas. “Ficou claro para mim que esse é um sistema fechado, onde poucos se comprometem”, afirmou.
Na próxima semana, o nome da filha de Galdino passará pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça e, em seguida, ocorre a votação secreta no plenário.
A vaga foi aberta após aposentadoria compulsória do conselheiro Arthur Cunha Lima. Um cargo vitalício, com salário de mais de R$ 40 mil.
Como conselheira, Allana poderá analisar as contas da gestão do pai político e será a primeira mulher da história a compor a Corte.
Veja também:
Opinião: deputados se apequenam quando Galdino transforma indicação do TCE em um projeto familiar
OPINIÃO: indicação da esposa de Galdino para o TCE-PB seria um escárnio
Vagas no TCE: o teatro de Tião e os sinais de que a AL não quer interferência do Governo