A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi designada para relatar um novo pedido da defesa do padre Egídio de Carvalho Neto para reverter a prisão domiciliar.
A defesa de Egídio de Carvalho tenta reverter a prisão domiciliar que foi imposta a ele em abril do ano passado. O benefício foi concedido após ele passar mal e ser internado no hospital.
O religioso foi preso preventivamente em novembro de 2023, na segunda fase da Operação Indignus.
Não é a primeira vez que Egídio tenta no STF revogar a prisão. Em junho do ano passado ela julgou um outro pedido e negou o ‘afrouxamento’ da prisão.
Acusações contra Egídio de Carvalho
Egídio de Carvalho é apontado como líder de uma organização criminosa que teria desviado R$ 140 milhões em verbas que destinadas ao Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
Os desvios, identificados em investigações como as operações Indignus e Pai dos Pobres, foram destinados à aquisição de imóveis de luxo em diversas cidades e à compra de bens pessoais de alto valor. Além disso, ele teria subtraído 670 produtos doados pela Receita Federal ao hospital, incluindo iPhones, que deveriam ser leiloados em benefício da entidade.
Padre Egídio deixou a direção do Hospital Padre Zé em outubro de 2023, logo após a denúncia de furto de 100 celulares doados pela Receita Federal, que seriam vendidos em um bazar para arrecadar recursos para o hospital. Após a revelação do esquema, ele foi afastado de todas as funções eclesiásticas pela Arquidiocese da Paraíba.