Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
Hospital Padre Zé/Divulgação
O juiz José Guedes Cavalcanti Neto, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, definiu a data de novos depoimentos de autoridades no Caso Padre Zé, que investiga um suposto desvio milionário de recursos públicos no Hospital Padre Zé, no período em que a entidade foi administrada pelo padre Egídio de Carvalho.
O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Adriano Galdino (Republicanos) e o secretário de Administração, Tibério Limeira (PSB), serão ouvidos no dia 16 de outubro. A data foi escolhida por eles.
No despacho, protocolado nesta terça-feira (1), o juiz coloca a opção das testemunhas o depoimento ocorrer de forma presencial ou por videoconferência. O de Tibério ocorrerá às 9h e de Galdino às 10h.
O ex-secretário de Saúde, Jhony Bezerra (PSB), atual candidato a prefeito de Campina Grande, informou o desejo de ser ouvido apenas após o segundo turno das eleições. O juiz decidiu aguardar para decidir sobre a nova data da sua audiência.
Eles são algumas das testemunhas escolhidas pela defesa de Egídio de Carvalho no processo em que ele responde por crimes contra a fé pública, falsidade ideológica e peculato.
Na lista constam outras autoridades e lideranças religiosas como o governador do estado, João Azevêdo (PSB); o arcebispo da Paraíba, Dom Delson, além da secretária de Desenvolvimento Humano, Pollyana Dutra.
Caso Padre Zé
De acordo com a investigação conduzida pelo Gaeco do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Padre Egídio de Carvalho é suspeito de liderar uma organização criminosa que teria desviado recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
Os valores desviados da entidade filantrópica, segundo o Gaeco após a primeira fase da Operação Indignos, chegam a R$ 140 milhões. O dinheiro teria sido usado para a compra de imóveis de luxo, veículos, presentes e bens para terceiros, além de reformas de imóveis e aquisições de itens considerados luxuosos, como obras de arte, eletrodomésticos e vinhos.
Além do padre, as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), são investigadas por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do hospital, em João Pessoa.
Padre Egídio está em prisão domiciliar desde abril deste ano, mas é alvo de um pedido do Gaeco para que ele retorne à prisão. Segundo o MP, o religioso tem descumprido as regras da prisão domiciliar, condição cedida a ele pela Justiça desde abril deste ano.