(Foto: Reprodução / Redes Sociais)
A comitiva composta pelo prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e outros políticos que estavam retidos em Israel desde o fim da última semana deixou a Arábia Saudita por volta das 3h30 da manhã desta terça-feira (17), 9h30 da manhã no horário local.
O registro foi feito pelo prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil) em suas redes sociais. Além de Cícero Lucena e o do seu filho, o deputado federal Mersinho Lucena (PP), outras 11 pessoas embarcaram rumo a João Pessoa.
A aeronave pousou por volta das 9h na cidade de Mallorca, na Espanha. Após o reabastecimento, se dirigirá à Ilha do Sal, em Cabo Verde, de onde partirá amanhã para João Pessoa.
Ontem o grupo chegou por volta das às 23h (17h no Brasil) na cidade de Aqaba, Sul da Jordânia, que faz fronteira com a Arábia Saudita, entrando no país saudita por volta das 23h35.
Ignoraram recomendação
O Itamaraty emitiu nota na tarde desta segunda-feira (16), afirmando que políticos brasileiros, entre eles o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, ignoraram recomendação sobre evitar viagens para Israel.
Segundo a nota, desde outubro de 2023, o governo brasileiro mantém um alerta consular que desaconselha toda viagem não essencial a Israel e recomenda, desde então, que os brasileiros e brasileiras que se encontravam em Israel considerassem deixar o país.
Apesar da orientação oficial, duas comitivas de autoridades brasileiras viajaram a Israel neste mês de junho, a convite do governo local, em missão oficial.
Missão
Cícero Lucena estava em território israelense, desde o início da semana passada, onde participava de um fórum internacional destinado a gestores públicos e líderes de nações de língua portuguesa.
O evento, que tinha como foco a apresentação de tecnologias voltadas à segurança pública, foi drasticamente impactado pela recente escalada militar no Oriente Médio.
Escalada de violência no Oriente Médio
O cenário de instabilidade teve início com uma ofensiva militar de Israel contra o Irã, na última quinta-feira (12). A ação resultou na morte de figuras de alto escalão iranianas, como o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, e o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, além de dois cientistas ligados ao programa nuclear do país.
Em retaliação, o Irã lançou mais de uma centena de drones em direção ao território israelense. O episódio elevou o nível de alerta em Israel, que declarou estado de emergência. O governo brasileiro segue monitorando a situação, acompanhando de perto o deslocamento e a segurança dos cidadãos brasileiros que permanecem na região de conflito.
Texto: Pedro Pereira