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CRM-PB suspende atividades profissionais do médico pediatra indiciado por estupros de crianças

CBN Paraíba

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Médico pediatra suspeito de estuprar crianças presta depoimento à polícia nesta sexta-feira (9)..

TV Cabo Branco

O Conselho Regional de Mecina na Paraíba suspendeu temporariamente, nesta sexta-feira (16), o registro profissional do pediatra Fernando Cunha Lima. Uma plenária extraordinária decidiu por unanimidade pela interdição cautelar do pediatra, o que significa que ele está impedido de exercer a profissão. A decisão precisa ser referendada pelo Conselho Federal de Medicina.

O médico foi indiciado na terça-feira (13) por estupro de vulnerável de quatro crianças entre 4 e 13 anos de idade.

Ainda de acordo com o CRM-PB, a interdição é de inicialmente 180 dias, prorrogável por igual período, sendo necessário concluir o processo ético-profissional desse período.

Ao longo do processo, todas partes serão ouvidas, tanto a que acusou como a que foi acusada. O conselho ainda destacou que depende também do trabalho do Ministério Público, da Polícia Civil e dos laudos periciais para tomar um juízo de valor, para verificar se pune ou não o médico.

O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) abriu na quarta-feira (7) a sindicância contra Fernando Cunha Lima. Segundo o presidente, Bruno Leandro, à TV Cabo Branco, o conselho recebeu uma denúncia formal, por meio do advogado da família de uma das vítima.

Ainda conforme informações do presidente do CRM-PB, as sindicâncias normalmente demoram 90 dias em fase de apuração, mas, pela gravidade da denúncia, houve uma celeridade.

O Jornal da Paraíba entrou em contato com a defesa do médico, mas não recebeu resposta até o momento.

Entenda o caso

A primeira denúncia formal de estupro de vulnerável contra o pediatra Fernando Cunha Lima aconteceu no dia 25 de julho e foi tornada pública na quinta-feira (6).

A mãe da criança, que estava no consultório, disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da criança. Ela informou que, na ocasião, imediatamente retirou os dois filhos do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil.

Com a repercussão do caso, uma sobrinha do suspeito revelou que foi abusada quando também tinha 9 anos, na década de 1990, assim como suas duas irmãs. As denúncias, assim, indicam que os crimes aconteceriam há pelo menos 33 anos, já que um dos relatos se refere a um estupro que teria sido cometido em 1991. A Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e a Juventude informou que houve uma grave quebra de confiança entre médico e pacientes.

Gabriela conversou com a TV Cabo Branco..

Reprodução/TV Cabo Branco

A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do qual Fernando Cunha Lima era diretor, decidiu suspendê-lo e afastá-lo de suas funções diretivas.

Na última sexta-feira (9), o médico pediatra prestou depoimento na Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e a Juventude, em João Pessoa. Depois de faltar duas vezes ao depoimento, Fernando Cunha Lima compareceu ao local e contou sua versão dos fatos. Na saída da delegacia, o médico afirmou à imprensa que não comentaria a investigação. Um dia antes, no entanto, a defesa do pediatra emitiu uma nota declarando que o médico era inocente e que estava sendo “acusado injustamente”.

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