Fernando Cunha Lima foi preso em Pernambuco, na sexta-feira (7)..
Reprodução/TV Cabo Branco
O desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba, negou um pedido para transferência do pediatra Fernando Cunha Lima do Centro de Observação Criminológica e Triagem (COTEL), em Abreu e Lima, Pernambuco, para o presídio do Róger, em João Pessoa.
O pedido foi apresentado pelo advogado de defesa das vítimas do médico, que é acusado de ter estuprados crianças durantes consultas médicas.
Na ação também foi solicitado o indeferimento do pedido da defesa de Fernando Cunha Lima para conversão da prisão preventiva em domiciliar.
Ao analisar os pedidos, o desembargador entendeu que existe igual pedido na 4ª Vara Criminal de João Pessoa e que ainda não foi apreciado pelo juiz de 1º grau, “que é competente para apreciar o pleito”.
Prisão de Fernando Cunha Lima
Fernando Cunha Lima foi preso na última sexta-feira (7), acusado de seis estupros contra crianças. Ele foi preso em Pernambuco, onde contava com uma rede de apoio formada por familiares e conhecidos, que o ajudaram a se esconder e ficar foragido por quatro meses.
O pediatra está há cinco dias preso, após dizer que ia “ficar só dois dias”.
Quais são as acusações contra o médico?
As primeiras acusações contra o médico surgiram em 25 julho de 2024, quando uma mãe relatou à polícia que presenciou o profissional tocando as partes íntimas da filha durante uma consulta em João Pessoa. Após a divulgação do caso, outras vítimas – incluindo uma sobrinha do pediatra – buscaram a Delegacia de Crimes contra a Infância e Juventude.
Atualmente, Cunha Lima responde por dois processos: um com quatro vítimas e outro com duas. O Ministério Público (MP) aponta que uma das crianças teria sido abusada duas vezes. Investigadores também revisaram denúncias antigas, como a de uma sobrinha do médico, que alega ter sido violentada por ele em 1991.
O médico é réu por estupro desde agosto de 2024 , quando a Justiça da Paraíba aceitou a primeira denúncia contra ele, mas negou o pedido de prisão preventiva.
A decisão pela prisão veio em 5 de novembro de 2024. Neste mesmo dia, a Polícia Civil tentou cumprir o mandado contra o acusado e não encontrou o acusado em casa. Desde então ele era considerado foragido.