Felipe Nunes
Como havia antecipado hoje pela manhã o Blog, a direção nacional do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu retirar o apoio da legenda ‘apalavrado’ pela direção municipal ao prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima. O anúncio da decisão foi feito hoje à tarde.
O movimento foi articulado pelos deputados Cabo Gilberto e Wallber Virgolino, juntamente com o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o candidato a vice em João Pessoa, Sérgio Queiroz.
A versão oficial do partido é de que a legenda terá um projeto próprio, disputando a prefeitura de Campina. Especula-se na formação de uma chapa composta pelo PL e o partido Novo, de Sérgio Queiroz. Repetindo a formação de João Pessoa.
Mas a articulação também significa que o PL decidiu ‘valorizar’ o próprio passe. Com tempo de TV e recursos generosos, a legenda se reposiciona no xadrez eleitoral da cidade.
A revoada do PL também é reflexo da falta de reciprocidade do União Brasil, de Efraim Filho e Bruno, na região metropolitana. O União apoia Ruy Carneiro na Capital e também não está no arco de alianças do deputado Wallber Virgolino, em Cabedelo.
Internamente, a outra ala do partido, composta pela família Roberto e o deputado Sargento Neto, continuam apoiando o projeto de reeleição de Bruno. O partido ocupa hoje duas secretarias na gestão.
Nessa disputa partidária, aliás, um outro ator sai fortalecido: o deputado federal Cabo Gilberto. Aos poucos ele vai conseguindo impor derrotas ao agrupamento do deputado Wellington Roberto.
O PL, enfim, está no jogo em Campina.