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Elvis Aaron Presley nasceu em Tupelo, Mississipi, no dia oito de janeiro de 1935. Se estivesse vivo, completaria 90 anos nesta quarta-feira, oito de janeiro de 2025. Quando morreu, no dia 16 de agosto de 1977, tinha somente 42 anos.
Elvis Presley se transformou num fenômeno de dimensão nacional (e logo mundial) em 1956 ao ser contratado pela RCA Victor. Nos dois anos anteriores, gravara em Memphis, na pequena Sun Records, fonogramas fundadores do rock’n’ roll.
As chamadas Sun Sessions reúnem as bases do rock na medida em que Elvis mistura blues, R & B, gospel e country. Dos Beatles ao U2, todos se curvam à importância daqueles registros e reconhecem neles matrizes do que vieram a fazer.
O artista que o mundo conheceu a partir da chegada à RCA conservou muito do que encontramos nas sessões da Sun, mas também foi tragado pelas artimanhas da indústria fonográfica e pelos grandes estúdios de cinema.
Os anos 1950 foram extremamente produtivos, apesar do serviço militar prestado na Alemanha – uma jogada comandada pelo Coronel Parker, seu empresário. A volta, no disco Elvis Is Back, foi triunfal. O LP promove o reencontro do artista com suas fontes.
A década de 1960 seria dedicada ao cinema, entre filmes medíocres e discos com suas trilhas sonoras. Felizmente, um outro retorno recuperaria a imagem de Elvis e o levaria a uma fase em que gravou grandes discos.
O primeiro se chama From Elvis in Memphis. É da época do especial de televisão que mostrou um intérprete vigoroso revisitando o que fizera nos tempos da Sun.
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Elvis Presley vem de regiões profundas do ser da América. O cantor estabeleceu um vínculo raro com milhões de ouvintes, interpretando com seu vozeirão kitsch um repertório irresistível para quem nasceu nos Estados Unidos.
Ele não largou as raízes, ainda que as tenha submetido a um verniz que desagrada aos puristas do rock’n’ roll. Mas não deve ser condenado por isto.
Com boa vontade, veremos que fez música pop de boa qualidade numa carreira curta, que vai de meados dos anos 1950 até a morte prematura aos 42 anos, em agosto de 1977.
Cinco álbuns de estúdio, cinco álbuns gravados ao vivo. Segue a minha lista dos 10 melhores discos de Elvis Presley.
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ELVIS PRESLEY
De 1956. Primeiro álbum, estreia na RCA. Tem Blue Suede Shoes e Tutti Frutti. Alguns fonogramas são das gravações na Sun Records. Entre os músicos, o trio formado por Scotty Moore (guitarra), Bill Black (contrabaixo) e D.J. Fontana (bateria).
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ELVIS
1956. Segundo disco. Com Elvis, novamente o trio Scotty Moore, Bill Black e D.J. Fontana, além do quarteto vocal The Jordanaires. Tem Rip It Up, Love Me e Long Tall Sally.
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LOVING YOU
1957. Trilha-sonora do filme Loving You. O trio formado por Moore, Black e Fontana é chamado de The Blue Moon Boys. Os vocais são do quarteto The Jordanaires. Tem Teddy Bear, Loving You, Blueberry Hill e I Need You So.
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ELVIS IS BACK
1960. Marca a volta de Elvis depois do tempo que passou servindo o Exército, na Alemanha. É seu primeiro disco gravado em stereo. Assim como The Jordanaires, o guitarrista Scotty Moore e o baterista D.J. Fontana permanecem com Elvis, mas o contrabaixista Bill Black foi substituído. Tem Fever, Like a Baby e Reconsider Baby.
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FROM ELVIS IN MEMPHIS
1969. Um dos álbuns mais importantes de Elvis. Talvez o mais importante desde o disco de estreia na RCA. As gravações foram feitas em Memphis, onde o artista morava. Tem muito country e muito soul. Uma grande banda foi utilizada no estúdio. Tem Only The Strong Survive, Gentle On My Mind e In The Ghetto.
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ELVIS NBC TV SPECIAL
1968. Álbum com músicas do especial na NBC. O programa foi elogiadíssimo. O empresário Tom Parker queria um repertório natalino, mas o artista subverteu tudo com números de puro rock’n’ roll. No set acústico, Elvis reencontra Scotty Moore e D.J. Fontana e “inventa” o Unplugged. O final, com If I Can Dream, emociona até hoje.
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ELVIS IN PERSON
1969. Gravado ao vivo no International Hotel, em Las Vegas, onde Elvis faria várias temporadas. Inaugura o formato de show que o artista usaria até o final da vida. Tem velhos sucessos, como Blue Suede Shoes, e novas canções, como Suspicious Minds.
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ELVIS ON STAGE
1970. Mais um disco gravado ao vivo durante as apresentações no International Hotel, em Las Vegas. Tem Sweet Caroline, Polk Salad Annie e Proud Mary.
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ELVIS AS RECORDED AT MADISON SQUARE GARDEN
1972. Para muitos ouvintes, o melhor disco ao vivo de Elvis. Gravado no Madison Square Garden, em Nova York. A abertura instrumental é com Also Sprach Zarathustra, clássico de Richard Strauss que fora usado na trilha do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço. O repertório é verdadeira síntese da música de Elvis e da alma musical americana.
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ELVIS ALOHA FROM HAWAII VIA SATELLITE
1973. Álbum-duplo gravado no Havaí. Também é apontado por muitos ouvintes como o melhor disco ao vivo de Elvis. O show foi transmitido via satélite para muitos países. Tem Burning Love, Something, Steamroller Blues, My Way e What Now My Love, além de clássicos do repertório inicial de Elvis.