Getty Images/Ivan PanticJacqueline Howardda.
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A dose oral da vacina contra a poliomielite, a famosa ‘gotinha’, foi substituída pela vacina inativada (VIP) injetável desde a segunda-feira (4). Saiba como fica a vacinação que previne contra a paralisia infantil após o fim da gotinha.
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Conforme divulgado pelo Governo da Paraíba, os municípios paraibanos estão abastecidos para seguir com o novo esquema vacinal e o chamado da Secretaria de Estado da Saúde (SES) é para que a população e os municípios fiquem atentos para que as doses sejam aplicadas em tempo oportuno.
Decisão pelo fim da gotinha
A decisão do Ministério da Saúde em substituir as duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb) pela injetável levou em conta as novas evidências científicas para proteção contra a doença. Com o avanço tecnológico, será possível garantir uma maior eficácia do esquema vacinal com a alteração.
Para o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, a mudança é significativa e pode ser observada no mundo inteiro. Segundo ele, países como o Estados Unidos e nações europeias já utilizam esquemas vacinais exclusivos com a VIP.
“O Ministério da Saúde está seguindo uma tendência mundial e está substituindo as duas doses de reforço com a gotinha por uma dose da vacina injetável, que tem uma plataforma mais segura e protege muito bem as nossas crianças”, explica Gatti.
Atualmente, há cerca de 38 mil salas de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em todo o país. A meta do Ministério da Saúde é que a cobertura vacinal alcance 95% até o fim deste ano. Em 2023, a cobertura da VIP foi de 86,5% e a de VOP 78,2%, segundo as informações contidas na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
Novo esquema da vacina contra a poliomielite
O esquema vacinal anterior contemplava a administração de três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses e duas doses de reforço da VOP, a ‘gotinha’, aos 15 meses e aos 4 anos de idade. A partir de hoje, será necessária apenas uma dose de reforço com VIP, aos 15 meses.
Desta forma o esquema vacinal passa a ser:
2 meses – 1ª dose;4 meses – 2ª dose;6 meses – 3ª dose;15 meses – dose de reforço.
A nova estratégia para uso do imunizante injetável é mais um passo para garantir que o Brasil se mantenha livre da poliomielite. O país está há 34 anos sem a doença, graças à vacinação em massa da população.
Zé Gotinha como símbolo da vacina
O famoso personagem Zé Gotinha, criado nos anos 1980, é o símbolo da luta contra a doença e da vacina contra poliomielite e, além disso, foi usado para alertar sobre a prevenção de doenças imunopreveníveis. Mesmo com a mudança, ele continuará atuando em prol da vacinação e da vida.
“O Zé Gotinha não vai desaparecer, pelo contrário, ele continua firme e forte na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e na promoção do PNI. Ele ajuda a promover não só o SUS, mas promover a vida, promover a vacinação”, reforça o diretor do DPNI.