Presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto / Foto: divulgação.

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Depois de ser ‘fritado’ internamente e destituído do comando do partido na Paraíba, o deputado federal Wellington Roberto (PL) terá que decidir o seu futuro. Na linha do horizonte está a posição de subordinação ao grupo bolsonarista, com quem possui divergências há tempos, ou a disposição para buscar um novo ninho partidário. 

Há quem afirme que Roberto já estaria ‘paquerando’ com o PP, do deputado Aguinaldo Ribeiro e do senador Ciro Nogueira. Mas até agora não há uma posição oficial. 

Certo mesmo é que com a renovação da executiva estadual o deputado fica fragilizado dentro do PL. 

Precisará confiar em um grupo que fez contra ele críticas, de forma massiva, nos últimos anos – por conta da alegada falta de engajamento nas disputas eleitorais do Estado.

E com um detalhe: as chaves do cofre do PL paraibano, que sempre estiveram com Wellington, agora estarão com a nova direção – composta pelo médico Marcelo Queiroga, como presidente; o deputado Cabo Gilberto como primeiro vice e Wallber Virgolino como segundo vice. Há clima e uma relação de confiança, por parte dos Robertos, para permanecer na legenda? 

Se optar por uma mudança, claro, o ex-dirigente precisará esperar pela janela partidária de 2026. 

O desgaste, contudo, é recíproco. O PL sabe que Roberto nunca precisou surfar na onda bolsonarista para manter um mandato na Câmara. A sua atuação sempre foi marcada pelo fisiologismo típico do Centrão e pelo municipalismo. 

E isso liga uma luz amarela entre os bolsonaristas. O temor é que uma saída dele do partido inviabilize a manutenção das duas cadeiras, ou até de uma (com Cabo Gilberto), no Congresso. 

Não à toa, apesar do processo de queimação interna, os novos dirigentes do PL paraibano juram que Wellington Roberto permanece bem aceito pelo partido. 

‘Fritado’ pelo bolsonarismo, caberá ao deputado definir o seu próprio futuro.