Acionamento de termelétricas deixa a produção de energia mais cara no país.
O Governo Federal anunciou que neste mês de julho será adotada a bandeira tarifária amarela na energia elétrica. A medida foi tomada por causa de condições menos favoráveis para a geração de energia no país. Com esse acionamento, as tarifas dos consumidores serão acrescidas em R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos, valor esse que foi aprovado em março pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O valor da bandeira amarela foi reduzida nessa última decisão, já que antes se pagava R$ 2,99 para cada 100 KWh. A redução do valor da bandeira amarela foi de 37%.
A bandeira amarela foi acionada em razão da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período.
Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira amarela foram o risco hidrológico e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).
Essa é a primeira alteração na bandeira desde abril de 2022. Ao todo, foram 26 meses com bandeira verde. O Governo explica que, com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas.
A orientação para a população é utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e a necessidade de acionamento de fontes de geração mais caras.