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A classe política tem se engajado no discurso em defesa de uma maior participação da mulher na política. Discurso que, aparentemente não tem se refletido na formação das chapas majoritárias para a disputa eleitoral em João Pessoa.
A capital deve encerrar o ciclo das convenções partidárias no próximo dia 5 de agosto com cinco nomes postos para escolha do eleitorado. Deles, nenhuma mulher na ‘cabeça de chapa’ e apenas três compondo como vice. Coincidentemente duas Amandas.
A primeira é Amanda Rodrigues (PT), homologada candidata a vice na chapa encabeçada por Luciano Cartaxo (PT) no último domingo (28). Ela é esposa do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), principalmente articulador para oficialização de Cartaxo como candidato, inclusive derrubando a pré-candidatura de Cida Ramos (PT).
A outra é Amanda Melo (MDB), mais conhecida como Amanda CSI, anunciada nesta segunda-feira (29) como pré-candidata a vice na chapa do deputado Ruy Carneiro (Podemos), que deverá ser homologada no dia 5 de agosto.
A Unidade Popular, partido com representatividade tímida na disputa, também colocou uma mulher na vice. A vendedora Josiane Soares foi confirmada na convenção do partido no sábado (27) como parceira de chapa de Yuri Ezequiel à Prefeitura de João Pessoa.
Os demais concorrentes são todos do gênero masculino, titular e vice: Cícero Lucena (PP) e Léo Bezerra, respectivamente os atuais prefeito e vice-prefeito de João Pessoa tentando a reeleição; Marcelo Queiroga e Sérgio Queiroz, dupla da dobradinha bolsonarista PL-Novo.
Se as mulheres não foram consideradas na formação das chapas majoritárias, nessa reta final das convenções, os olhos se voltam para as nominatas das candidaturas proporcionais.
Partidos devem destinar ao menos 30% das vagas para candidatas mulheres, sob pena de perderam os mandatos eleitos como acontecem didaticamente pela Justiça Eleitoral por fraude à cota em eleições anteriores.
Será que fizeram o dever de casa em relação a isso?
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