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Polícia Civil acredita que roubo de fios na Estação da Cagepa foi planejado

CBN Paraíba

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Técnicos da Cagepa religaram equipamentos da estação de água de madrugada.

Cagepa/Divulgação

A Polícia Civil da Paraíba está ouvindo testemunhas para tentar descobrir detalhes sobre a dinâmica da invasão e o roubo de fios de cobre, essenciais para a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa, mas os investigadores acreditam que o crime foi planejado. A ação criminosa resultou no desabastecimento de todo o município de Cabedelo, de Conde, e 80% do território de João Pessoa, afetando cerca de 760 mil pessoas.

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“Acreditamos, pelo modus operandi utilizado, que eles já sabiam o que estavam fazendo. Inclusive, há alguns meses, ocorreu esse mesmo furto na empresa, e pensamos que, pela forma como foi conduzido toda a ação criminosa, eles já sabiam o que estavam fazendo. Também consideramos que já existe uma pessoa específica, o receptor, para receber todo o cobre”, afirmou o delegado Braz Marroni, responsável pela investigação.

De acordo com o delegado Braz Marroni, a Estação Elevatória de Água Bruta de Gramame, alvo da ação criminosa, não possui câmeras de segurança e também não é a primeira vez que o local foi roubado. Segundo Marroni, criminosos invadiram e levaram fios de cobre da estação no primeiro semestre deste ano, mas em menor quantidade, de forma que não interromperam a distribuição de água na região.

O primeiro caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Conde, enquanto o roubo desta quarta-feira (30) está sob investigação da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DCCPAT).

Inicialmente, a informação era de que os bandidos chegaram ao local em um caminhão. Porém, o delegado Braz Marroni explicou que, segundo os depoimentos das testemunhas, não há informações sobre como os criminosos chegaram na estação.

Para fugir, o grupo roubou um veículo da empresa e um carro de um funcionário. Os dois veículos foram abandonados pelos assaltantes e encontrados pela Polícia Civil, que os encaminharam para a perícia.

Testemunhas afirmaram que a intenção dos criminosos era incendiar um dos veículos usados ​​para a fuga, mas não conseguiram levá-lo, porque o carro caiu em um barranco próximo à Estação de Água de Gramame. A polícia acredita que os carros podem conter vestígios biológicos ou impressões digitais, motivo pelo qual os assaltantes pretendiam se desfazer do veículo.

As vítimas foram chamadas novamente para prestar depoimento na tarde desta sexta-feira (31), para que a Polícia Civil consiga mais detalhes do crime, determine as características físicas dos assaltantes, seus sotaques e outras informações que possam ajudar na investigação.

O delegado Braz Marroni também afirmou que as equipes continuam em campo para tentar levantar outras imagens do local do crime e identificar o veículo que ajudou os assaltantes a fugirem.

“Como o estabelecimento não tem câmeras, então a gente tá tentando construir toda a dinâmica baseada nas testemunhas. Estamos ouvindo com maior detalhe pra ver como tudo se deu e como foi a rota de fuga deles”, explicou o delegado.

Em entrevista à TV Cabo Branco, o presidente da companhia, Marcus Vinícius Neves, avaliou todo o prejuízo em mais de R$ 1,5 milhão, considerando o impacto na produção de água, a mobilização da equipe e o transtorno causado para toda a população.

“Desde quarta à noite, o sistema começou a falhar em Gramame. Nós temos um sistema que identifica esses problemas, ligamos para cá, mas, nesse momento, nosso operador já estava com a arma na cabeça”, afirmou o presidente da Cagepa.

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