Foto: divulgação
Quem esperar que o ex-ministro Marcelo Queiroga adotará uma postura ríspida, ou excessivamente dura, comum em outros momentos de sua trajetória enquanto ministro da Saúde, poderá ser surpreendido com um outro perfil na campanha eleitoral deste ano em João Pessoa.
O pré-candidato do PL apareceu hoje ‘repaginado’ na entrevista que concedeu à Rádio CBN e ao Jornal da Paraíba.
Mesmo diante de perguntas incômodas, como uma envolvendo um imóvel que pertencia a seu filho e foi alvo de investigação do MPF por invasão de área de restinga, Queiroga se manteve mais leve, sereno.
A mudança de visual, claro, certamente faz parte da estratégia de marketing adotada para a disputa.
Na entrevista, contudo, o ex-ministro expõs algumas fragilidades – sobretudo na hora de apresentar soluções práticas para problemas antigos de João Pessoa.
É o caso dos moradores de rua da Capital. Perguntando sobre o tema, Queiroga patinou. Disse inicialmente que a problemática deve ser resolvida com a geração de empregos. Depois apontou para a necessidade de redução da máquina pública. Sem apresentar, porém, pelo menos um esboço de projeto emergencial para minimizar um problema social gravíssimo.
Ao falar sobre ambulantes, também. Disse que ainda irá se reunir com especialistas para debater o tema e que não tem “varinha de condão” com soluções mágicas.
Como pré-candidato, no entanto, já deveria ter pensado em algo prático a ser adicionado ao seu programa de Governo.
O ex-ministro também falou sobre a falta de apoio dentro de sua própria família. É que o ex-verador Marco Antônio, irmão de Queiroga, deverá apoiar o projeto de reeleição do prefeito Cícero Lucena (PP). Mais ameno, o Queiroga minimizou o fato.
O Queiroga menos ‘barulhento’ está no ar na campanha eleitoral da Capital.