Foto: Divulgação/PMC.
Foto: Divulgação/PMC
Seis trechos de praia estão impróprios para banho no Litoral da Paraíba, segundo o relatório de balneabilidade divulgado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) neste final de semana. Os trechos estão em Cabedelo, João Pessoa e em Pitimbu, onde a qualidade do mar não atende aos padrões de segurança para recreação.
Outros pontos monitorados, situados em Mataraca, Baía da Traição, Conde, Lucena e Rio Tinto tiveram a qualidade das águas classificada como própria.
A análise da balneabilidade da água foi realizada de 24 a 25 de março e é válida até o dia 4 de abril, data da divulgação do próximo relatório.
Os trechos mencionados abaixo se referem, exclusivamente, aos 100 metros à direita e à esquerda das amostras coletadas para análise da qualidade da água.
Lista de praias impróprias para banho na Paraíba
Cabedelo
Em frente ao Maceió de Intermares, em Cabedelo
João Pessoa
Em frente a galeria de águas pluviais na Ponta do Seixas, em João PessoaAo final da rua Manoel Cândido Soares, na praia de Jacarapé, em João Pessoa
Pitimbu
Em frente à desembocadura do riacho Engenho Velho, em PitimbuNo final da rua Almirante Tamandaré, nas praias de Azul/Santa Rita e Coqueiros, em PitimbuEm frente à desembocadura da Lagoa, na Ponta dos Coqueiros e Acaú/Pontinha, em Pitimbu
O que é balneabilidade das praias?
De acordo com a Sudema, a balneabilidade é a qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário, que são atividades de contato direto e prolongado com a água (banho, natação, mergulho, pesca, etc), onde existe a possibilidade de ingestão.
Para a avaliação, é necessário o estabelecimento de critérios objetivos, que devem se basear em indicadores a serem monitorados e seus valores confrontados com padrões pré-estabelecidos, para que se possa identificar se determinado local é favorável ou não.
Os corpos d’água contaminados por esgoto doméstico, por exemplo, podem expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários. Crianças e idosos, ou pessoas com baixa resistência, são as mais suscetíveis a desenvolver doenças ou infecções após terem nadado em águas contaminadas.
Doenças transmissíveis em praias com água contaminada
Doenças transmissíveis por meio de água contaminada são uma preocupação em praias. Embora a maioria das doenças relacionadas ao banho não seja grave, elas podem causar uma variedade de sintomas, como enjoo, vômitos, dores de estômago, diarréia, dor de cabeça e febre.
Além disso, infecções em áreas como os olhos, ouvidos, nariz e garganta também são possíveis. Em praias altamente contaminadas, os banhistas podem estar expostos a doenças mais graves, incluindo disenteria, hepatite A, cólera e febre tifoide.
A contaminação da água pode ocorrer de várias formas, como esgoto não tratado, descarga inadequada de resíduos e poluição causada por atividades humanas. A falta de infraestrutura sanitária adequada e o manejo inadequado dos resíduos são fatores contribuintes para a contaminação da água.
É essencial o monitoramento regular de qualidade da água e para que sejam tomadas medidas que minimizem as possibilidades de contaminação. Os banhistas também devem tomar precauções, como evitar engolir água, lavar as mãos antes de comer e após usar o banheiro, e procurar áreas de praia com melhores condições sanitárias.
A conscientização sobre os riscos associados à água contaminada é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar dos frequentadores das praias.
Soluções para praias da Paraíba impróprias ao banho
Marcelo Cavalcanti, Superintendente da Sudema, explica que nas áreas urbanas há dois tipos de soluções para o esgotamento sanitário: a drenagem pluvial e a rede pública de esgoto doméstico.
“Muitas vezes, a população confunde essas duas redes e liga o esgoto doméstico na rede de drenagem pluvial, o que causa contaminação. Isso é ainda mais evidente em regiões litorâneas, onde existe desembocadura da rede de drenagem. O crescimento da cidade também contribui para esse problema”, explica.
A Sudema tem projetos de educação ambiental, como o “Praia Limpa”, para conscientizar a população sobre a importância de não fazer lançamentos indevidos na rede pluvial.
“Quando esses lançamentos são feitos de forma proposital, a atuação é autuar os responsáveis por crime ambiental e obrigá-los a fazer a ligação no destino correto. Essas são as ações para manter as praias da Paraíba limpas”, completou.