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Na semana passada, quando soube da morte de Shelley Duvall, Paul Simon foi às redes sociais dizer o quanto estava triste com a morte da amiga.
O compositor, de 82 anos, e a atriz, que havia completado 75 anos, estavam no elenco de Annie Hall – no Brasil, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa.
Um dos melhores momentos de Woody Allen, Annie Hall, de 1977, ganhou o Oscar de Melhor Filme e confirmou Allen como grande cineasta.
Como Paul Simon, Shelley Duvall não é protagonista em Annie Hall, mas chama a atenção por seus olhos grandes e beleza não convencional.
Protagonismo ela tem como a Wendy de O Iluminado. Duvall é a mulher de Jack Torrance, personagem de Jack Nicholson no filme de Stanley Kubrick.
O machado de Jack em primeiro plano, o medo e o horror estampados no rosto de Wendy ao fundo – é a imagem icônica do cinema que me veio à memória quando li a notícia da morte de Shelley Duvall.
Shelley Duvall, vencida pelo diabetes e por uma doença mental, marcou o cinema dos Estados Unidos durante a década de 1970 por sua parceria com Robert Altman. Foi dirigida seis vezes pelo cineasta de Nashville.
Em Três Mulheres, de 1977, brilhou ao lado de Sissy Spacek, que vinha de Carrie, A Estranha. As duas, em atuações impressionantes sob a batuta do grande Altman. Duvall foi Melhor Atriz em Cannes.
Era 1971 quando Duvall fez sua estreia com Altman em Onde Os Homens São Homens. Na última vez, em 1980, foi a Olivia Palito de Popeye. Não foi à toa que Altman a chamou tantas vezes.