Restaurante Universitário da UFPB. Foto: Krystine Carneiro/G1

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) iniciou uma investigação interna para apurar os relatos de intoxicação alimentar no Restaurante Universitário do Campus I, em João Pessoa.

A estudante de medicina Mayra Lucena compartilhou um vídeo nas redes sociais, onde relatou ter apresentado sintomas gastrointestinais e mencionou que outros colegas também estavam com queixas semelhantes. A publicação se espalhou rapidamente entre os universitários, que começaram a comentar sobre os mesmos sintomas.

“Ontem à noite, eu e meu namorado apresentamos alguns desses sintomas que outros estudantes estão relatando, e tudo indica que foi uma intoxicação no RU, porque todos nós comemos lá ou bebemos a água de lá”, afirmou Mayra Lucena.

Em entrevista à TV Cabo Branco, Mayra contou que foi a primeira vez que se sentiu mal após comer no restaurante universitário. Ela descreveu sintomas como vômitos intensos, cansaço, dores de cabeça e náuseas. A estudante informou que tanto ela quanto o namorado começaram a se recuperar cerca de 48 horas depois do surgimento dos sintomas.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) também afirmou que está acompanhando os relatos de intoxicação e já recebeu diversas denúncias.

Um formulário foi disponibilizado pela Superintendência de Restaurantes Universitários da UFPB (SRU/UFPB) para coletar os relatos de intoxicação alimentar. O órgão orientou os estudantes a anexarem o atestado médico com o parecer médico ao final do formulário.

Até este domingo (16), a instituição recebeu 332 respostas ao questionário, mas destes, apenas 31 atestados médicos foram apresentados pelos estudantes, sendo:

9 atestados com CID compatível com intoxicação alimentar;13 receituários indicando prescrição de medicamentos para gastroenterite;9 atestados referentes a comparecimento à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), sem especificação

Em nota, a superintendência informou que uma investigação interna foi iniciada e que a equipe de fiscalização foi acionada para avaliar os procedimentos de manipulação, armazenamento e distribuição dos alimentos.

A superintendência também afirmou que notificou a empresa fornecedora e solicitou a preservação das amostras das refeições para análise laboratorial.

A superintendente Noádia Rodrigues também comunicou que entrou em contato com a Vigilância Sanitária para informar sobre a situação e as medidas tomadas. Como o restaurante não funciona aos sábados e domingos, a investigação se concentrará nos alimentos servidos até sexta-feira (14).