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Nesta segunda-feira (28) foi lançado a nova edição do Selo UNICEF (2025-2028), e 220 municípios da Paraíba estão aptos a participar. A adesão, que é gratuita e segue até 9 de junho, não pode ser tratada como algo opcional: é um compromisso mínimo que se espera de qualquer gestão pública responsável com a infância e adolescência.

O Selo UNICEF apoia municípios do Semiárido e da Amazônia Legal no fortalecimento de políticas públicas nas áreas de saúde, educação, proteção e participação social. Ao longo de quatro anos, as cidades participantes recebem formações, acompanhamento técnico e monitoramento de indicadores — um apoio direto e acessível para melhorar a vida de meninas e meninos em situação de vulnerabilidade.

Na edição passada (2021-2024), 88 municípios da Paraíba foram certificados. E os resultados falam por si: a cobertura vacinal aumentou 41,2% (a média nacional foi de apenas 2,6%); o abandono escolar caiu 46,6%; e a identificação de casos de violência infantil aumentou expressivamente, mostrando que redes de proteção passaram a funcionar melhor.

Apesar disso, mais de 100 municípios paraibanos ficaram de fora ou não conseguiram avançar o suficiente. Agora, com o novo ciclo aberto, não há mais desculpas para a omissão. Todos os recursos estão disponíveis, e a participação exige apenas vontade política e responsabilidade com o futuro da população mais jovem.

“Esperamos 100% de adesão dos municípios do Semiárido da Paraíba. O Selo é uma chance concreta de fazer uma gestão mais eficaz e justa com quem mais precisa”, destaca Immaculada Prieto, do escritório regional do UNICEF.

A adesão ao Selo UNICEF não é apenas uma formalidade — é um termômetro claro do compromisso de cada gestão com os direitos de crianças e adolescentes. Ignorar essa oportunidade é fechar os olhos para soluções viáveis, comprovadas e acessíveis. Em tempos de tantos desafios sociais, a omissão tem peso. E terá consequência.

Texto: Pedro Pereira